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“são nossas noites, todas que eu sem antes saber, havia definido como minhas – foda-se o jeito que eu vou escrever, [foda-se]. gosto de falar foda-se quando o que eu mais queria era ser fodida por ele. as cores lá fora estão lindas. vejo tudo com mais gosto. doce. deixo rolando como deixei nossa ligação durante o tempo todo, vamos sobreviver a este domingo juntos. te desenho pelas linhas mais toscas que tenho, rogando que elas possam soar piegas (porque é isso que elas são) tudo que eu falar agora vai soar. [foda-se foda-se foda-se foda-se] vim aqui sem objetivo e vou sair daqui sem saber o que vou ter desejado escrever. não perco hora de sono à toa, não mais. tempo investido em sentimento. em processo. em viver o que me proponho, you know i don’t mind if i rhyme with me falling for you – that’s what i will do. tentando entender, buscando até a última gota da lata e a última gota da chuva o lugar que consigo te encontrar por trás dessas conexões luminosas à distância e papéis engavetados. [foda-se] um cigarro depois da foda. questiono se devo compreender tudo como um sinal, como parte do sinal, como começo, meio, fim. quero saber cada vírgula que me direciona. quero saber se cada vírgula me direciona. ou me pausa mais do que me dá ritmo. o que eu sei bem é que me arrepia. e o que eu sei mais ainda é como lidar com o /tempo/ que eu quebrei de propósito, pra ter o que continuar escrevendo. não consigo querer parar. não quero parar de te querer. não quero parar de me querer e de me querer com você. sinto que preciso engolir você e o dicionário inteiro antes de digitar agora. mas uma hora eu preciso me render. ao sono e à você. eu sou isso bem pior do que você tá vendo, a guilhotina não tem dó, é 100% veneno. rimos ao final. e [foda-se].”

esse fragmento é uma menção honrosa à todas as drogas existentes

agradecimento especial a luiza do passado com essa playlist maravilhosa no spotify

inspirado no meu bem c. b.

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